Relações étnico-raciais, diversidade de gênero, orientação sexual, diretrizes curriculares nacionais gerais para a educação básica e inclusão. Esses são alguns dos temas que professores, alunos e a comunidade escolar em geral pode acessar no portal do Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE), que falam sobre questões muito importantes e inseridas no processo de ensino-aprendizagem: a diversidade.
A diversidade na escola representa a presença de diferentes grupos sociais, culturais e individuais no ambiente escolar, contribuindo para o ensino e aprendizagem das diferenças. Isso inclui aspectos como gênero, etnia, religião, classe social, orientação sexual e identidade de gênero. E trabalhar esse tema tem sido um desafio para muitos professores. Pensando nisso a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) disponibilizou o conteúdo na plataforma para que os educadores possam ter acesso e entender como explorar o tema na sala de aula.
No link sobre relações ético-raciais e diversidade, a professora Liana Macabu explica de forma lúdica o conceito de gênero, e como os meninos e meninas são educados de acordo com o sexo que nascem, ou seja, roupas, brincadeiras, direcionados para meninas ou meninos. A ideia, no vídeo é descaracterizar os estereótipos e mostrar que nem sempre as mulheres vão preferir o balé, e podem gostar de futebol e vice-versa.
No vídeo, a professora também explica sobre políticas públicas para pessoas LGBTQIAPN+ como, por exemplo, o acesso à saúde pública e o uso do nome social em documentos. O nome social é aquele que a pessoa deseja ser chamada independente do que foi escrito no registro de nascimento.
Já em “diretrizes curriculares nacionais”, um dos temas é sobre a educação escolar que deve fundamentar-se na ética e nos valores da liberdade, na justiça social, na pluralidade, na solidariedade e na sustentabilidade, cuja finalidade é o pleno desenvolvimento de seus sujeitos, nas dimensões individual e social de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, compromissados com a transformação social.
Para o articulador pedagógico de Educação Escolar Quilombola, Diego Santos, a diversidade na política de educação no seu início, muitas vezes foi tratada no campo da saúde, da disciplina do corpo, do prazer e da reprodução, sobretudo durante o regime militar, como Educação Sexual. Somente após a Constituição de 88, na universalização do acesso à escola pública e a reconstrução dos ideais democráticos que a escola passou a ser um dos principais lugares de construção da subjetividade. Ele lembra que falar sobre esse tipo de conteúdo na sala de aula é de suma importância pois os pais passam o dia trabalhando e as crianças muitas vezes ficam mais tempo na escola.
“A demanda por direitos e sua efetivação às vezes soa como um abismo, com ganhos e perdas, avanços e retrocessos. Assim, o documento Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de 1997 lançou sob a categoria de “temas transversais” toda a Diversidade: ética, meio ambiente, pluralismo cultural, saúde e orientação sexual tendo como eixo central a Educação para a Cidadania, termo também presente na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), como já bem conhecemos”, finalizou Diego.
Por: Mariane Pessanha - Fotos: Diego Santos
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